sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Warhawk - Como aprendi a gostar

Este artigo pode também ser lido na Amazon.co.uk (em inglês)

Não estou aqui para dizer o quão bom Warhawk é. Acho que é bastante mais importante explicar como e porquê aprendi a adorá-lo.

O Warhawk foi um dos primeiros jogos que comprei para a PS3. Nessa altura eu queria um auricular e como gosto muito de jogos de aviões (AC diz alguma coisa?) pensei que fosse boa ideia comprar o pacote jogo + auricular bluetooth. A primeira vez que o joguei, tal como 99,9% dos noobs, morri cem vezes nos primeiros cinco minutos – bem, posso estar a exagerar, mas só um bocadinho, pois morri imenso! Por vezes nem compreendia como morria, outras nem estava cinco segundos vivo. Depois de algumas tentativas, apesar de achar que o jogo era bom, também achava que era muito frustrante e, como tinha outros jogos mais interessantes na altura, deixei-o a repousar na minha estante.

Alguns meses depois, o meu amigo Olivetti_Triplo que também procurava um auricular perguntou-me acerca de um bom jogo online. Falei-lhe do Warhawk e do que achava dele. Ele não se amedrontou e comprou-o. Assim, por causa do Triplo, voltei em força ao jogo. E ainda bem que o fiz.

Com o tempo, comecei a aperceber-me que o jogo era fenomenal. Não são os gráficos, não são os sons, não é a jogabilidade e nem é a variedade. É tudo isto à mistura e o que o jogo nos faz sentir. Warhawk não é um simulador de guerra, mas dá a sensação que estamos no meio da mais intensa batalha (melhor dizendo, de uma batalha épica em desenhos animados). As balas passam a zumbir, os aviões que voam por nós, os mísseis que rugem no ar e explosões por toda a parte. É um jogo de ritmo acelerado elevado ao quadrado.

Warhawk precisa de tempo para ser apreciado pois tem uma das mais difíceis curvas de aprendizagem que já experimentei. Tem imenso para aprender: mapas; veículos; armas; sítios de recolha de armamento; bons locais para nos escondermos; captura de bases; estratégias; técnicas de combate; modos de jogo e muito, muito mais. Podemos jogá-lo como preferirmos: num avião; num jipe; num tanque; em torres antiaéreas; a pé; escondido ou no meio de um grupo de inimigos. Podemos sempre experimentar coisas diferentes e estranhas. Depende de nós. É um sandbox feito numa zona de guerra.

Joga com um ou vários amigos, ajudem-se entre si e aprende como jogar em equipa. Se ficares frustrado por morrer muito, não vale a pena. Todos morrem bastante e cada vez que morres aprendes algo. Ainda morro muito, ainda praguejo muito, ainda suo muito, mas no final de cada jogo só quero começar outro.

Já joguei muitos bons jogos online como o Call of Duty 4, Burnout Paradise, Grand Theft Auto IV, mas se tiver que eleger o meu jogo online favorito, esse será o Warhawk.

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