quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Army of Two - Matar saudades

Estava ontem ao computador a dar uns retoques aqui no chaço quando recebo o telefonema do meu amigo pessoal e companheiro de jogatanas online Olivetti_Triplo. Não sei se devido a um mau dia de trabalho ou por ter ouvido muitas notícias do Freeport de Alcochete, o Triplo estava com uma vontade imensa de matar, como é óbvio, virtualmente. Queria a minha companhia.

Warhawk
e Resistance: Fall of Man foram imediatamente sugeridos. Mas depressa chegámos à conclusão que não. O primeiro devido à sua intensidade peculiar precisávamos de um retiro espiritual e muita mentalização para lá voltar enquanto para o segundo era necessária uma actualização que no meu caso levava mais de uma hora. Qual a próxima opção?


Army of Two foi um jogo que comprámos especialmente para jogarmos os dois, algo que nunca aconteceu com muita frequência. Ainda fizemos uns quantos níveis juntos, mas na altura estávamos bastante viciados no Warhawk e a escolha pendia invariavelmente para esse. Apesar disso, ainda fiz a campanha completa em single player a qual gostei bastante, especialmente a parte táctica dos combates.

Ontem, depois de travarmos uma luta sobre-humana com os controlos para nos habituarmos novamente e entrarmos a sério no jogo, deu para passarmos uns bons momentos.

Army of Two é um jogo com alguns pontos fracos. É vazio, isto é, tem algumas salas para explorar, mas quando lá entramos, nada. Se é para isso, para que fizeram as salas? Além de matar inimigos, pouco mais há para fazer. Mesmo a questão das munições é estranha. Matamos dezenas e dezenas de inimigos e depois da secção estar limpa, percorremos a área para encontrar um, dois, talvez três pacotes com munições, não muito mais que isso. Na minha opinião, era preferível haver mais pacotes com menos quantidade de balas. A câmara tem vontade própria e é preciso muita habituação para ter alguma eficiência a combater. Isto baixa um pouco a jogabilidade, principalmente ao início.

Apesar de tudo isso, o jogo tem mais coisas boas que más. Tecnicamente está bem conseguido e é robusto. Não sendo do outro mundo, tem bons gráficos, bom som e não se encontram muitos bugs que estraguem a experiência. O jogo online é fluido e o suporte ao auricular é consistente, excepto quando está a carregar o jogo, mas isso compreende-se. O sistema de cobertura, apesar de ao início ser estranho, é fácil e eficiente. Não é necessário nenhum botão que nos faça colar ao obstáculo, bastando para isso, encostar-nos e o jogo automaticamente posiciona a câmara, dando uma fluidez interessante ao combate. O sistema Aggro – os inimigos centram as atenções no jogador que está na altura a ser mais agressivo, permitindo ao outro flanquear – está de tal forma bem feito que define a forma de jogar.

No plano da diversão, é muito bom. Quanto mais se joga em equipa, maior é a sensação de realização depois de limpar uma área de inimigos. Sentimos mesmo que não estamos a lutar sozinhos e precisamos sempre da ajuda do outro jogador. A táctica é essencial e usar o sistema Aggro eficientemente torna o jogo muito mais entusiasmante.

Foi bom matar com o meu amigo Triplo... saudades, claro.

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